Esta
data se deu em vista da sangrenta repressão à manifestação exigindo a redução
da jornada de trabalho para 8 horas diárias realizada em 1º de maio de 1886, em
que 500 mil trabalhadores e trabalhadoras foram às ruas de Chicago, nos Estados
Unidos. A polícia reprimiu a manifestação, dispersando a
concentração, depois de ferir e matar dezenas de operários.
No dia 5 de maio de 1886, os operários americanos
voltaram novamente às ruas e foram novamente reprimidos. Desta vez, 8 líderes
foram presos e ‘julgados’, sendo 5 deles condenados à forca e 3 à prisão
perpétua. Dos 5 condenados à forca, 4 foram executados no dia 11 de novembro de
1887 e um assassinado na prisão, na véspera da execução.
Em
1889, o Congresso Operário Internacional, reunido em Paris, decretou o 1º
de maio, como o Dia Internacional dos Trabalhadores, um dia para que os
trabalhadores do mundo todo lembrem dos bravos combatentes que dedicaram suas
vidas à luta, para que o futuro da classe operária fosse transformado e a
redução da jornada conquistada.
Hoje em dia, a burguesia (patrões, governos e burocratas
sindicais) transformaram o 1º de maio simplesmente em dia de festas, com shows e distribuição de prêmios. Os
trabalhadores necessitam organizar-se e voltar aos movimentos independentes,
pois, com a crise capitalista sem soluções duradoras, a burguesia, ora em
aliança com setores burocráticos do movimento operário e popular, ora organiza
o desespero pequeno-burguês colocando a alternativa militar e do próprio
fascismo, combinando as alternativas tem mantido uma permanente ofensiva para a
retirada de direitos bravamente conquistados com muita luta e sangue dos trabalhadores.
Neste
primeiro de maio, queremos saudar todos os setores que fizeram ou estão em
greve enfrentando esse estado de opressão. Saudamos os professores que saem às
ruas, defendendo uma educação de qualidade, combatendo a barbárie que se
instalou nas salas de aula e que violenta os professores e os próprios alunos,
pois grande parte conclui o Ensino Médio “sem saber ler e escrever”.
Queremos dar um viva aos movimentos de moradia, que
continuadamente têm se dedicado com muitas reuniões e sacrifício na luta para
sair do aluguel e na conquista da moradia. Enfim, queremos congratular a todos
os lutadores.
Para
realizarmos um 1º de maio que represente os interesses históricos dos
trabalhadores (proletariado mundial), estamos convidando todos a comparecerem
na Praça Ramos, Centro de São Paulo, nas escadarias do Teatro Municipal às
14:00 horas.
ü
Por emprego para
todos!
ü
Por um salário
mínimo real que atenda todas as necessidades básicas da família trabalhadora,
hoje por volta de R$ 4.000,00!
ü
Redução da
Jornada de trabalho, sem redução dos salários!
ü
Por moradia digna
para todos!
ü
Pela Educação
Pública, laica e de qualidade!
ü
Abaixo a precarização
da Educação e da violência contra professores e alunos;
ü
Viva a luta dos
trabalhadores de todo o mundo!
ü
Abaixo a
burocracia sindical;
ü
Abaixo o Projeto
Lei4330 - proibir a terceirização atual!
ü
Por
aposentadorias dignas aos trabalhadores!
ü
Defendamos os
direitos históricos dos trabalhadores!
ü
Trabalhemos pela
morte do capitalismo e sua barbárie!
ü
Viva o socialismo
cientifico, a luta e a organização independente do proletariado do mundo todo!
Proletários de todos os países, uni-vos!
Assinam: Associação Oeste de Diadema, Sindicato dos
Trabalhadores das Universidades Federais do ABC (SinTUFABC), Coletivo de
Consumo Rural Urbano (CCRU), POM (Organização
por um Partido Operário Marxista) e lutadores independente.